Um ano de pandemia: o que mudou?
Já no início do ano passado, sobretudo após o Carnaval, começaram a surgir os primeiros casos de Covid-19 no nosso país. De lá para cá, foram muitos decretos publicados pelas prefeituras.
Confira um breve histórico aqui desses 12 meses de luta contra a doença.
Janeiro / Fevereiro | 2020
Surgiram os primeiros casos de infectados e vítimas do vírus fora da China, por isso a OMS declarou emergência global de saúde pública. Em fevereiro, o Brasil foi o país que teve o primeiro caso confirmado de Covid-19 na América Latina: um paciente de São Paulo que esteve na Itália a trabalho.
Ainda em fevereiro, houve ao menos sete casos suspeitos em Minas Gerais.
Março | 2020
Divinópolis já conta com três casos suspeitos, sendo que já no dia 6 é confirmado o primeiro caso de Coronavírus (Covid-19) em Minas Gerais: uma paciente da nossa cidade, que também esteve na Itália. Os casos confirmados seguem aumentando no país e a disseminação das medidas de prevenção são amplamente divulgadas pelos meios de comunicação.
Shows e eventos em geral começam a ser reagendados ou mesmo cancelados. Há também o surgimento de casos confirmados entre famosos no mundo todo e por aqui em Minas, o governo estadual decretou situação de emergência como uma das medidas para conter o vírus. Enquanto isso, governantes buscavam aprender a lidar com a situação e ampliavam leitos nos hospitais.
Dia 16, a Prefeitura de Divinópolis anunciou à imprensa o primeiro decreto restritivo com medidas duras de combate ao novo Coronavírus – como a suspensão obrigatória de atendimento ao público por parte das empresas e adoção de home office – e já no dia 17 foi registrada a primeira morte por Covid-19 no país, onde o número de casos suspeitos aumentava vertiginosamente no Brasil e também em Divinópolis.
Março/2020 a Março/2021
Os governantes continuam tentando lidar com a doença e ao mesmo tempo ainda há pessoas que a subestimam, promovendo eventos clandestinos, aglomerações e não seguindo adequadamente os protocolos de prevenção, como o uso de máscara.
O governo federal ofereceu o auxílio emergencial para as pessoas que se enquadravam nos pré-requisitos definidos por ele. O benefício foi uma ação positiva para manter a economia girando, porém o benefício até então, foi concedido somente até dezembro de 2020, deixando novamente muitas pessoas em situação de vulnerabilidade em 2021.
Nesse meio tempo, também vivenciamos vários momentos de extrema restrição e também de flexibilização das medidas de combate ao Coronavírus. Houve as eleições municipais, em que a Covid-19 foi pauta de todos candidatos e um super desafio para os novos prefeitos.
Começaram a surgir os resultados dos testes de eficácia das primeiras vacinas no mundo e iniciaram-se as negociações entre governos e laboratórios, o que nos deu esperança. Em contrapartida, os governantes de nosso país pecaram muito quanto ao processo de aquisição e aplicação das vacinas, que ainda está em andamento, a passos curtos e lentos.
Houve algumas ações para socorrer o empresário, porém pouco efetivas se comparado ao impacto gerado pelo “abre e fecha” das empresas. Depois do setor de eventos, o comércio foi o mais impactado pelas medidas restritivas aplicadas pelos governos.
Afinal, o que mudou?
Infelizmente, quando olhamos para os últimos 12 meses, percebemos que os governantes continuam aplicando medidas que não contêm de forma efetiva o avanço da doença. Ao mesmo tempo, os decretos restritivos constantemente publicados, além de confundirem a população e o empresário, também geram muitos prejuízos socioeconômicos.
Nós, da ACID, apoiamos firmemente o combate ao novo coronavírus (Covid-19) e a adoção de todos os protocolos de prevenção, mas também defendemos o direito de os empresários proverem o sustento para as várias famílias que eles empregam. Afinal, o estado só conseguirá manter as ações de combate à doença se continuar arrecadando bem os impostos. Com as empresas de portas fechadas – e muitas já fechadas para sempre – o estado tende arrecadar muito menos e isso irá respingará no orçamento público, sobretudo de Saúde para combate à Covid-19.
Seguimos firmes, trabalhando em conjunto com o poder público e a iniciativa privada, buscando melhores soluções para as empresas durante esse momento tão desafiador que vivemos.