Acid realiza a 1ª Feira de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência
Cadastro de currículos, divulgação de vagas e palestra gratuita constam na programação da Feira; Ação conta com diversos parceiros e faz parte da Semana da Pessoa com Deficiência
No período de 21 a 25 de agosto, no horário das 9h às 17h, será realizada pela Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis – Acid, em sua sede no Centro (Rua Serra do Cristal, 1688, Centro), a 1ª Feira de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência – PcD. A Feira será realizada em parceria com o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Divinópolis, a Escola para Surdos AAVIDA e o Curso Opção Engetec. O objetivo da Feira é conectar empresas e candidatos, através do cadastro de currículos de Pessoas com Deficiência-PcD, que estão em busca de vagas no mercado de trabalho, e também será espaço para as empresas divulgarem vagas em aberto para esse público.
A Feira é uma das diversas atividades, que consta na programação da “Semana Municipal da Pessoa com Deficiência”, que será realizada no período de 21 a 27 de agosto, pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, a qual conta com apoio de diversas instituições, entre elas a Acid. O objetivo da Semana é dar voz aos deficientes para que eles ganhem autonomia contando suas experiências e vivências e a partir dessa troca tratar das políticas públicas para as pessoas com deficiência. A programação completa da Semana está disponível perfil @cmpd_divi no instagram.
Os candidatos interessados em participar da 1ª Feira de Empregabilidade deverão se dirigir à sede da Acid (R. Serra do Cristal,1688, Centro) das 9h às 17h. No horário das 13h30 às 16h haverá a presença de intérprete de Libras, para suporte no atendimento. No dia 24 de agosto, às 14horas, será realizada palestra gratuita sobre o tema “Marketing Pessoal e Elaboração de Currículo”, em parceria com a Curso Opção Engetec e a Escola para Surdos AAVIDA. Durante toda a palestra, haverá a presença de um intérprete de Libras. Para participar, basta fazer a inscrição pelo telefone (37) 3512-7800 ou enviar mensagem para o mesmo número (whatsApp) e selecionar a opção 10. A palestra é aberta para o público em geral.
Participação empresas
A Lei 8213/91, em seu artigo 93, conhecida como “Lei de Cotas” ou “Reserva Legal”, estabelece que empresas com 100 ou mais empregados devem preencher uma parte dos seus cargos com pessoas com deficiência. As proporções para empregar pessoas com deficiência variam de acordo com a quantidade de funcionários. De 100 a 200 empregados, a reserva legal é de 2%; de 201 a 500, de 3%; de 501 a 1.000, de 4%. As empresas com mais de 1.001 empregados devem reservar 5% das vagas para esse grupo.
A Acid abre oportunidade para que todas empresas interessadas divulguem na Feira as vagas abertas para PcD . Para que as vagas sejam divulgadas, basta a empresa preencher o formulário disponível no link: https://forms.gle/df1iBSbJ7Dt5V8jK9 Não haverá nenhum custo para a empresa, que poderá também, posteriormente, ter acesso aos currículos cadastrados durante a Feira.
A presidente da Acid, Alexandra Galvão, convida as empresas a divulgarem suas vagas e os candidatos a cadastrarem seus currículos. “A Acid sempre a frente traz uma Feira de Empregabilidade específica para Pessoas com Deficiência, estimulando a inserção desses profissionais no mercado de trabalho. Agradecemos ao Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Divinópolis, a Escola AAVida e o Curso Opção Engetec, que prontamente abraçaram a ideia. E o objetivo é esse: que a Feira seja ponte para estimular a inclusão, conectando empresas e candidatos. Sabemos que o trabalho é importante instrumento de valorização para as pessoas e é nesse sentido esperamos receber muitos candidatos e empresas interessadas e aumentar o número de profissionais PcD no mercado de trabalho de Divinópolis e região”, disse.
Mercado de trabalho
A assistente social, Camila Vasconcelos, responsável pela execução do Projeto Qualifica do Instituto Helena Antipoff, que trabalha a qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho de adultos com deficiência intelectual ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA), explica que o modelo atual de organização do trabalho estabeleceu um perfil de trabalhador polivalente, que desempenha inúmeras funções. Dependendo das limitações, que cada deficiência possui muitas vezes a pessoa não consegue desenvolver o conjunto das funções inseridas num mesmo cargo. Entretanto, pode realizar grande parte delas. “A empresa, sempre que possível, deve verificar a possibilidade de desmembrar as funções de forma a adequar o cargo às peculiaridades dos candidatos, conforme prevê o artigo 36, alínea “d”, da Recomendação nº 168 da OIT. Considerando que esse candidato possa ser portador de uma ou mais deficiências sendo elas: deficiência física, deficiência intelectual, deficiência visual e deficiência auditiva”, explicou a profissional.
Acessibilidade
A advogada e membro do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Cecilia Neves, explica que uma pauta importante a ser discutida é a relação entre deficiência e incapacidade. “A pessoa com deficiência tem algumas limitações em razão da sua dificuldade, mas não é incapaz do ponto de vista laboral”, destacou. A advogada pontuou ainda que o local de trabalho deve ser acessível e adaptado, mas o profissional com deficiência é plenamente capaz de exercer sua função. “Há alguns casos em que a pessoa trabalha em sistema home office porque facilita o acesso ao trabalho e o desempenho para a empresa. Cada caso é analisado como um diferente porque cada deficiência exige uma atenção diversa”, explicou.
Auxílio Inclusão
Hoje, as pessoas com deficiência, que já receberam o Benefício de Prestação Continuada – BPC nos últimos cinco anos ou que têm o BPC ativo e entram no mercado de trabalho formal com remuneração até dois salários mínimos, têm direito ao Auxílio Inclusão. Essas pessoas receberão 50% do salário mínimo como incentivo para que ingressem e permaneçam no mercado de trabalho.
O Auxílio Inclusão, instituído pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania, e em operação desde outubro de 2021, é um incentivo ao profissionalismo e para que empresas privadas incluam a diversidade em seus quadros funcionais. Um recurso para estimular a independência. Esses são alguns dos conceitos, que pautam o Auxílio Inclusão.
Ainda de acordo divulgação do Governo Federal o Auxílio Inclusão traz ganhos para toda a sociedade. A pessoa com deficiência recebe um estímulo financeiro para ingressar e permanecer no mercado. O empregador atende à Lei de Cotas, que obriga empresas a preencher determinado número de vagas para pessoas com deficiência. Dessa forma, permite um convívio no ambiente de trabalho de pessoas com deficiência e sem deficiência numa interação para que possamos ali ter uma sociedade plena e efetiva, o que contribui para o aprimoramento do país.