Entidades Empresariais na Defesa de seus Associados
O momento exige maior consciência do poder do associativismo
Percebemos que o atual cenário brasileiro propicia uma maior aproximação de organizações da sociedade, assim como as entidades empresariais também seguem nesse sentido. A Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid), afiliada à Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), além de atuar localmente, também acompanha as ações da Federaminas e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
A Acid, em conjunto a outras entidades representativas de classe do município, se mobilizou para enfrentar a pandemia do Coronovírus em Divinópolis. Seja em forma de ofícios solicitando esclarecimentos à Prefeitura quanto aos Decretos municipais publicados e sugerindo ações que tragam luz às dúvidas, promovendo amplo debate sobre as condições econômicas e de saúde, apoiando plataforma de cadastro para pequenas empresas venderem com entrega à domicilio e na divulgação de orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate da transmissão do Covid-19.
A Federaminas tem compartilhado soluções por meio de transmissões diárias ao vivo na TV Federaminas reproduzidas pelas redes sociais da entidade e no site (www.federaminas.com). O objetivo é orientar sobre negociações da Federaminas relativas às linhas de crédito disponíveis junto a Bancos e instituições financeiras, orientações sobre questões contábeis e tributárias, inovações relativas às relações trabalhistas, panorama do coronavírus no estado de Minas, estratégias de prevenção, como melhorar os negócios com o uso do marketing digital e na luta contra as falsas notícias, dentre outros temas.
Em nível estadual, a Federaminas, sempre em defesa do empresariado mineiro, vem atuando de forma ativa em benefício do desenvolvimento econômico de Minas Gerais e da superação da crise que se instala em nosso estado. A instituição também enviou diversos ofícios aos órgãos da administração pública pleiteando: a) postergação do vencimento dos tributos estaduais referentes ao Simples Nacional; b) flexibilização da cobrança de juros e multa, bem como dos prazos propostos pela transação tributária extraordinária proposta pela Procuradoria da Fazenda Nacional; c) participação da Federaminas no Comitê Especial de Enfrentamento à Crise provocada pelo COVID-19; d) flexibilização das medidas de isolamento adotadas para o fechamento do comércio no Estado de Minas Gerais; e) concessão de benefícios às empresas que mantiverem em seus quadros profissionais classificados como integrantes do grupo de risco; f) adoção de procedimentos sanitários que protejam toda a população.
Para evitar o colapso do setor produtivo, que agravaria ainda mais o quadro de saúde da população, têm-se as medidas de saúde pública que exigem, simultaneamente, de medidas de natureza econômica. O grande desafio do governo é de salvar vidas, e ao mesmo tempo, manter a renda da população e do emprego.
Os números acendem um sinal de alerta. “Os setores de comércio e serviços, que representam mais de 5 milhões de negócios no país, sendo responsáveis por cerca de 70% do PIB e mais de 26 milhões de empregos diretos (com carteira assinada), são, sem dúvida, agentes críticos nesta crise, não só pelo impacto profundo em suas atividades, mas por serem um eixo de sustentação econômica e social para os todos municípios do país.”, dados citados no ofício da CACB e de mais quatro entidades (Abrasce, IDV, ABF e CNDL) ao presidente do Banco Central, Dr. Roberto campos Neto, sobre os impactos da pandemia do Covid-19 no varejo nacional. (Para conhecimento das medidas requeridas pelas entidades, clique aqui.)
A Acid está em diálogo permanente com outras entidades que procuram mensurar os impactos da atual situação e na busca meios de evitar um colapso das pequenas e médias empresas e dos milhares de empregos no município. O momento requer união e diálogo contínuo com o Estado e Município. A consciência do associativismo, nesse momento, é crucial a fim de que a voz dos pequenos empreendedores, responsáveis pela maior parcela de contribuição ao desenvolvimento da nossa economia e pela geração de emprego e renda, chegue aos poderes constituídos.