O Coaching e a Comunicação em Público.
*Reginaldo Rodrigues
Atualmente, faço mentoria de alguns clientes, sendo que todos eles já estiveram comigo nas turmas dos cursos de comunicação e expressão.
Participaram, gostaram do tema, e agora trabalham especificamente a aplicabilidade nos seus respectivos negócios e projetos, entendendo que não há magia em transformar planos em sucesso. Avalio e sugiro ferramentas e estratégias para que os projetos de comunicação sejam mais interessantes, atraentes e impactantes para os públicos deles.
Nisso, mudamos formatação, adicionamos cases, citações, vídeos, parábolas e ao afinal sempre avalio o desempenho com as alterações propostas. Sempre indico e demonstro a melhor forma de garantir que a apresentação seja de fato impactante e envolvente. Muito importante considerar que qualquer dificuldade do passado fique realmente no passado, que sirva de aprendizado e nada mais.
Como coach, tenho também clientes que fazem comigo sessões semanais, presenciais ou online, e ao final de cada uma delas saem com um plano de ação que deverão desenvolver daquele momento até o próximo encontro. Boa parte das sessões é tensa, pois é minha função fazer com que meu cliente seja confrontado com as próprias dificuldades, e, a partir daí, encontre a solução com ações práticas que dependam única e exclusivamente dele para que sejam convertidas em resultados.
Afinal de contas, qual a diferença entre as duas situações? Da resposta para essa pergunta explicarei o coaching, que tanta confusão gera na cabeça das pessoas, ao ponto de empresários comentarem com amigos e conhecidos, e até me indicam, para fazer coaching nas empresas de amigos, quando na verdade presto serviço de consultoria nas empresas deles, e eventualmente, como parte do desenvolvimento das lideranças, aplico sessões específicas de coaching.
Bom, parece confuso? Sim, parece por que é novo. Explico: como consultor, eu faço o diagnóstico dos problemas da empresa, incluindo pesquisas interna e externa, e transformo os resultados em um plano de ação que entrego ao diretor. Na maioria dos casos, continuo o trabalho com a implementação de todas as alterações sugeridas ou parte delas.
Quando digo implementação, estou falando de passá-las aos responsáveis pelos setores e direcioná-los na execução do novo plano. Nesse processo, é muito comum encontrarmos gerentes, supervisores e até diretores sem a devida preparação para fazerem as coisas acontecerem na empresa. Em razão disso, faz-se necessária a preparação dos profissionais para que desenvolvam as habilidades necessárias para o trabalho em questão. Só atuo na área de marketing, que é bem abrangente,
por sinal, com foco na maioria das vezes em comunicação.
Voltando ao ponto, o coaching é um processo por meio do qual o cliente atingirá as suas metas, a partir das próprias atitudes e mudanças de comportamento. No coaching, a solução deve ser encontrada pela pessoa, cabendo ao coach somente apoiá-lo nesta busca. Na consultoria ou na mentoria, há uma intervenção direta do profissional mostrando o caminho,
dando exemplos e ensinando como fazer.
O coach não opina, não dá dicas e não critica a meta de ninguém, por mais exótica que pareça. Já tive clientes que fizeram coaching para se separarem dos maridos e uma delas depois teve como meta viver sem a presença dele. Teve uma que queria aprender a viver bem sem o cachorrinho que perdera, outra que não tinha disciplina para tomar os medicamentos e um
cliente que queria terminar um noivado pois estava com medo do casamento.
Não importa. A meta do cliente não é problema do coach. Não obstante, é problema do coach se ele não está seguindo o Plano de Ação que fez, de acordo com as condições e o tempo dele. Neste caso, vamos confrontá-lo com os fatores impeditivos e perguntar o que eles farão a respeito, já que na maioria das vezes ele se sabota e se vitimiza colocando a culpa em tudo e em todos por não ter conseguido.
A partir do momento em que pessoa se torna protagonista, ela terá muito mais facilidade de sair do estado atual para alcançar o estado desejado, pois agirá a partir de um plano plausível que ela mesma fará. Plano de ação, é disso que estou falando. O planejamento é fundamental para que as metas sejam atingidas. Nas sessões de coaching, o coachee vai confrontar, com apoio do coach, todos os seus medos e crenças limitantes para, de fato, realizar e fazer acontecer.
Ao me tornar life coach, inicialmente minha intenção era aplicar as técnicas para desenvolver as lideranças com as quais trabalhava nas empresas. Porém, ao estudar mais detidamente todo o conteúdo, percebi que poderia usar as ferramentas nos treinamentos de comunicação e expressão. Por serem reflexões novas sobre comportamento humano e técnicas comprovadamente eficazes, não tive dúvidas e percebi uma melhora considerável no desempenho dos meus alunos com o uso dessas técnicas, que aumentaram exponencialmente as possibilidades de comunicação eficaz, segura e convincente de todos que tiveram oportunidade de participar desses processos.
Sem dúvidas, o principal elemento impulsionador do processo foi a elaboração do plano de ação, com o viés do coaching, no final das aulas. Ao elaborar um factível plano de ação, inclusive com data, hora, como, o aluno assume um compromisso com ele mesmo de que aquela ação deverá ser feita, e havendo algum empecilho, ele terá que ter uma outra forma de concluí-la.
Sendo o resultado muito além do esperado, hoje aplico o coaching naturalmente também nos meus processos de mídia training, que é uma forma de mentoria em comunicação, porém com clientes específicos, principalmente políticos e profissionais de comunicação.
O próprio coaching utiliza ferramentas e estratégias de outras áreas, de maneira bem assertiva. Talvez por isso, os resultados na comunicação e expressão sejam tão contundentes. A comunicação não encerra qualquer discussão, deixando sempre a possibilidade de continuação da conversa, ou até de uma outra discussão a respeito. Assim, converge facilmente com
outras disciplinas, proporcionando resultados interessantes.
Mesmo sendo comum alimentarmos esperanças de revivermos bons momentos da nossa vida, que nos remetem claramente a uma “prisão” no passado, é fundamentalmente importante que vivamos intensamente o presente, para que tenhamos um futuro interessante, e de acordo com nossa expectativa, pautada sempre por um bom plano de ação, seja com a
participação de um consultor, mentor ou coach, seja sozinho.
* Reginaldo Rodrigues é Escritor, Consultor, Professor e Palestrante. Com mais de 25 anos de
experiência em comunicação profissional, atuou como Radialista, Mestre de Cerimônias e
Media Training, coordenou o Marketing em campanhas eleitorais de candidatos a Deputado,
Prefeito e Vereador. Publicou 2 livros e 1 DVD sobre o tema Marketing e Comunicação.
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